A falta de aceitação
Por Clarissa Corrêa
Fiquei pensando no que fazemos com os outros e com a nossa própria sanidade. Confesso que me assustei ao constatar que somos muito maldosos.
Por Clarissa Corrêa
Fiquei pensando no que fazemos com os outros e com a nossa própria sanidade. Confesso que me assustei ao constatar que somos muito maldosos.
Olhamos primeiro para o ponto fraco do outro e, não contentes,
rimos e sapateamos em cima de todas as dores que ele carrega em sua
extensa e pesada bagagem.
Como é fácil olhar para outra pessoa e
detectar todas as imperfeições que ela
tem.
Como é fácil, inclusive, ser leviano e usar essas imperfeições
contra ela.
Difícil mesmo é se colocar no lugar do próximo.
Difícil
mesmo é fingir ser quem não é apenas para ser aceito, querido, amado.
Já
parou pra pensar que o outro, de tanto ser criticado, pode acabar
mudando sua essência SÓ para agradar o resto da humanidade?
Já parou
para analisar que uma palavra fora do tom pode causar um rebuliço
interno em quem ouviu? Temos uma responsabilidade muito grande ao lidar
com as pessoas.
Temos que aceitá-las como são.
E agora te pergunto: nós nos aceitamos como somos?
E agora te pergunto: nós nos aceitamos como somos?
Temos que ser bons em tudo.
Nos
olhamos no espelho e tentamos a todo custo encobrir nossas falhas.
Queremos ser lindos, inteligentes, poderosos. Para quê? Para quem? Para
receber aplausos, flores, elogios. Para nosso ego sorrir.
Muitas vezes
carregamos uma série de culpas de todos os números e cores, que pesam os
ombros ao final de cada dia. Junto com elas, vem aquele e se.
E se eu
tivesse feito, e se não tivesse desistido, e se não tivesse dito.
E se
você parasse agora de se criticar, cobrar e não perdoar?
E se você e eu
aceitássemos de uma vez por todas as nossas imperfeições?
Tenho certeza
que o mundo ficaria mais leve.
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